Por que esquecemos fatos corriqueiros? - Diersmann

O que está acontecendo

Por que esquecemos fatos corriqueiros?

Muitas pessoas se queixam desses esquecimentos e acreditam que estão com “problemas de memória”.

Segundo o Dr. Ivan Okamoto, neurologista do Einstein, esquecer algum fato ou atividade acontece em qualquer idade. “Nós tendemos a prestar mais atenção nisso quando ficamos mais velhos, associando a doenças do envelhecimento, como a Doença de Alzheimer. Mas episódios de esquecimento acontecem também com as pessoas mais jovens. Nesses casos, o esquecimento geralmente não é causado por um problema de memória, e sim de atenção”, explica o médico.

O sistema de atenção pode ser alterado pelo uso de medicações, disfunções da tireoide, deficiências de vitaminas, situações de estresse e desequilíbrio no sistema emocional, como nos casos de depressão ou apatia, um estado caracterizado pela falta de interesse pelos acontecimentos.

 

A memória é dividida em três etapas:

• A primeira é a aquisição, quando temos contato com um objeto, um fato, uma pessoa ou uma emoção. A atenção é fundamental nesse período, pois é o momento de entrada das informações.

• A segunda é a consolidação, que ocorre para que as informações sejam armazenadas em nosso cérebro.

• Depois vem a evocação da memória, o momento em que nos recordamos de uma informação retida em nosso cérebro.

Para manter a atenção e o processo de memória sempre com um bom funcionamento, separamos dez dicas:

• Evite o consumo de álcool e drogas: As substâncias presentes em bebidas alcoólicas e em drogas interferem diretamente no sistema nervoso. Em um estudo realizado pela Universidade de Cambridge, na Inglaterra, foram observadas lesões na região do cérebro responsável pela capacidade de atenção, memória e decisão.

•  Durma de 6 a 8 horas por dia: Durante o sono ocorre a consolidação da memória, em que o cérebro seleciona as informações que ficarão armazenadas ou não. Noites seguidas de pouco sono interferem na capacidade de retenção de novas informações.

• Exercite seu cérebro: A leitura, a prática de atividades como Sudoku, palavras cruzadas, xadrez, colecionar objetos, e buscar aprender coisas novas, estimulam  o sistema nervoso, mantendo o cérebro em atividade e facilitando a retenção de informações.

• Faça uma tarefa de cada vez: Para quem tem dificuldade de retenção de informações, concentrar-se em uma atividade por vez facilita a consolidação da memória.

• Alimentação: Inclua no cardápio alimentos ricos em ômega 3, um tipo de gordura fundamental para o funcionamento cerebral. Essa substância pode ser encontrada em peixes como salmão, sardinha, atum e em alimentos como soja e linhaça. Esses alimentos também são vitais para a pele, cabelo e para manter o coração saudável.

• Meditação: Além de contribuir para a redução do estresse, diversos estudos comprovam que a prática de meditação interfere nos mecanismos de concentração e atenção são fundamentais para uma boa memória.

• Faça associações: Durante o processo de armazenamento de algo novo que aprendemos/conhecemos, nosso cérebro automaticamente trabalha com a associação de informações. Para quem tem sentido dificuldade em memorizar informações, tentar associar algo logo que é aprendido, auxilia o trabalho do cérebro e garante que menos informações sejam esquecidas.

• Exercícios físicos: Praticar trinta minutos de atividade física três vezes por semana pode minimizar os problemas de esquecimento. Além de ajudar na prevenção de problemas cardiovasculares, durante os exercícios são liberadas substâncias benéficas ao cérebro que têm efeito de neuroproteção, como as endorfinas.

• Anote: Organizar o dia e fazer uma lista com as tarefas que precisam ser feitas facilitam a rotina para que nada seja esquecido.

• Tome bastante água: A falta de líquidos leva à desidratação, favorecendo o cansaço e interferindo no processo de atenção, fundamental para o armazenamento de informações.

 

Fonte: Neurologista Dr. Ivan Okamoto

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