O que está por trás dos alimentos light e diet? - Diersmann

O que está acontecendo

O que está por trás dos alimentos light e diet?

Eles não são atalhos para o emagrecimento nem são recomendados à dieta da população saudável.

Alimentos diet e light são produtos ultra processados, com acréscimo de diversos aditivos químicos e devem ser evitados pela população saudável. Nem sempre as vantagens e desvantagens desses produtos são exploradas nos rótulos.

Você sabia que ao ser reformulado, o conteúdo de gordura de um produto pode ser reduzido à custa do aumento do açúcar ou vice-versa. Ele pode ainda receber adição de fibras ou micronutrientes sintéticos sem a garantia de que sejam absorvidos naturalmente pelo organismo, e por isso está longe de ser a garantia de um processo saudável de emagrecimento.

A doutora em Nutrição e Saúde Pública e líder do Programa de Alimentação Saudável do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Ana Paula Bortoletto, destaca que o ideal é que o consumo de produtos light e diet sejam indicados por um profissional de saúde. “Se a pessoa quer consumir produtos light ou diet por conta própria, recomendo que faça a comparação da composição com o produto tradicional, para avaliar as diferenças. Ou com outras marcas, para ver se de fato é vantajoso”, ensina.

De acordo com a especialista, o mais adequado e saudável é substituir os refrigerantes, bebidas lácteas e biscoitos diet ou light, por água, leite e frutas ou sucos naturais. E não trocar a “comida feita na hora” (como caldos, sopas, saladas, molhos, arroz e feijão, macarronada, refogados de legumes e verduras, farofas, tortas) por produtos que dispensam preparação culinária (como pratos congelados, prontos para aquecer ou misturas para tortas).

 

Como ler rótulos e escolher os produtos mais saudáveis

No caso dos produtos industrializados, o consumidor deve observar a tabela nutricional e escolher os que possuem baixos Valores Diários (%VD) para gorduras saturadas, gorduras trans e sódio (que aumentam o risco de doenças cardiovasculares e hipertensão), e alto %VD para as fibras alimentares (que são essenciais para a prevenção de doenças do coração, diabetes e vários tipos de câncer).

Para saber quais são os mais saudáveis, o ideal é comparar produtos de uma mesma categoria, sempre verificando se a porção de referência é a mesma. Se não for, o consumidor deve fazer uma conta para comparar proporcionalmente a quantidade de nutrientes que a tabela está informando.

Ana Paula Bortoletto acredita que se os rótulos fossem mais claros facilitariam a escolha dos produtos mais nutritivos. “A Anvisa já se manifestou a favor de ter informação, na tabela nutricional, padronizada por 100 gramas, porque assim o consumidor vai poder comparar qualquer produto e saber qual tem maior ou menor teor de cada um dos ingredientes da tabela”, afirma a especialista.

 

Quando consumir alimentos diet e light

Os alimentos diet, isentos de algum nutriente, são direcionados para uma população específica. Por exemplo, o chocolate diet é isento de açúcar, indicado para pessoas que não podem consumi-lo, como diabéticos.

Ser isento de açúcar não significa que ele tenha uma composição nutricional totalmente saudável”, lembra a especialista. O chocolate diet, portanto, não é indicado para as pessoas que desejam reduzir de peso, já que contém maior adição de gordura, o que faz com que seu valor calórico seja semelhante ao do chocolate normal.

Já os alimentos light têm redução de algum nutriente em 25%, quando comparado aos outros produtos. Por exemplo, o requeijão light tem uma redução de 25% do teor de gorduras quando comparado ao requeijão comum.

Os produtos light podem ter uma quantidade maior de adoçantes e outros aditivos alimentares para tentar imitar o produto original, só que com menos açúcar ou menos gordura”, explica Ana Paula.

 

Ultraprocessados: motivos para evitá-los

Os alimentos ultraprocessados devem ser evitados, pois sua composição está ligada ao excesso de aditivos indesejáveis (como açúcar, gordura e sódio) que favorecem doenças do coração, diabetes e vários tipos de câncer.

Tendem a ser muito pobres em fibras, vitaminas, minerais e outras substâncias com atividade biológica presentes em alimentos naturais. São exemplos de ultraprocessados: biscoitos doces e salgados industrializados, sucos em pó, refrigerantes, temperos prontos, embutidos e salgadinhos.

Os efeitos de longo prazo sobre a saúde diante da exposição a produtos ultraprocessados nem sempre são bem conhecidos, alerta o Guia alimentar para a população brasileira.

 

Fonte: http://saudebrasil.saude.gov.br

 

 

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