As mulheres realmente cuidam mais da saúde do que os homens? - Diersmann

O que está acontecendo

As mulheres realmente cuidam mais da saúde do que os homens?

Quando o assunto é cuidado com a saúde, as mulheres ganham com uma enorme vantagem. Mais precisamente, 80 milhões à frente – de acordo com dados de 2017 do Ministério da Saúde. 

Esses dados apontam a influência histórica, social e até mesmo estrutural da sociedade em que vivemos. 

Mas além disso, mostra que a negligência masculina com a saúde está ligada à falta de orientação dos efeitos que não ter acompanhamento médico pode causar. 

Homens vivem menos que as mulheres

Homens tendem a viver de 07 a 10 anos menos que as mulheres e o fator que contribui para isso é que homens só buscam o sistema de saúde quando já existe um agravamento da doença que em muitos casos se torna impossível de tratar. 

O pensamento muitas vezes machista leva a crer que buscar ajuda em qualquer sinal de problema demonstra vulnerabilidade. 

Também há uma questão que justifica: o fato de que homens têm mais dificuldade em se ausentar do seu trabalho para cuidar da saúde. 

Contudo, houve um aumento de 49,96% da procura de homens por médicos entre 2016 e 2020, de acordo com o SIA  (Sistema de Informação Ambulatorial) do SUS (Sistema Único de Saúde), passando de 425 milhões de atendimentos para 637 milhões. 

A saúde masculina

Como citamos, os homens raramente fazem exames de rotina e mal frequentam consultórios médicos. Em 2019, a proporção de mulheres que buscam um médico (82,3%) foi maior que a de homens (69,4%), segundo dados do Pesquisa Nacional de Saúde (PNS).

Além disso, as taxas de doenças cardíacas, diabetes, suicídios e até mortes violentas, como acidentes de trânsito, são mais recorrentes entre os homens. 

Se os homens tentam ficar longe de consultas relativas à saúde do corpo, quando o assunto é cuidar da saúde mental, o cenário é ainda pior. 

Por conta da resistência em buscar ajuda, há um grande número de homens que recorrem ao uso de álcool e drogas para fazer uma “compensação” e acabam colocando em risco não só a sua saúde, mas a de terceiros. 

A falta de exposição emocional dos homens também agrava sintomas de doenças como a depressão, pois só encontram ajuda após um quadro bastante avançado. 

Eles chegam às clínicas sem ao menos conseguir expressar exatamente o que sentem, muito menos com habilidade para lidar com isso.

Os dados assustam, mas a maioria das doenças que atingem os homens, detectadas precocemente, são totalmente curáveis.

Novembro Azul

Por conta disso, nasceu a campanha Novembro Azul, mês dedicado mundialmente ao combate ao câncer de próstata.

O movimento quer conscientizar, ainda mais, a população masculina sobre a necessidade de cuidar do seu corpo e também da mente. 

Praticar exercícios, ter uma alimentação equilibrada, parar de fumar, praticar sexo seguro, cuidar da saúde mental e, também, fazer o exame da próstata, periodicamente.

Assim, quando detectado em sua fase inicial, o câncer de próstata pode ser curado. Mas se detectado já em fase de difícil cura, o objetivo do tratamento é controlar a doença.

No Brasil, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tipo de câncer mais comum em homens é o câncer de próstata. Ele é seguido pelo câncer de traqueia, brônquios e pulmão, pelo câncer de cólon e reto, pelo câncer de estômago e pelo câncer de cavidade oral.

Um diagnóstico do câncer de próstata é feito a cada sete minutos, e a cada 40 minutos, um homem morre por essa doença sendo que o rastreamento precoce anual  é feito por meio de uma avaliação gratuita pelo SUS através de exame de sangue e exame local de toque retal. 

A realidade é que inúmeros fatores levam ao menor número de expectativa de vida dos homens comparado às mulheres, mas reforçam que cuidar da saúde é coisa de homem sim! 

Ignore tabus, destrua o preconceito e busque um médico sempre que possível. 

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